quinta-feira, 25 de novembro de 2010

PF faz operação em sete estados contra venda de medicamentos ilegais

SÃO PAULO - A Polícia Federal desencadeou operação em sete estados - Rio de Janeiro, Maranhão, Minas Gerais, São Paulo, Paraíba, Santa Catarina e Ceará - para coibir a venda de medicamentos ilegais. Para vender os produtos, eles utilizavam sites, classificados em jornais, fóruns e redes sociais. A operação, batizada pela PF de Panacéia, é feita em conjunto com a Interpol, simultaneamente em 45 países do mundo.

No Brasil, estão sendo cumpridos 20 mandados de busca e apreensão em parceria com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

O grupo negociava anabolizantes, abortivos, inibidores de apetite, medicamentos caseiros e fórmulas sem registros.

A PF destaca que comprar medicamentos pela internet está associado a grandes riscos contra a saúde. Há registros de medicamentos com menor ou maior quantidade do princípio ativo. No Brasil, a comercialização de medicamentos sem licença ou sua adulteração constituem crimes hediondos, cujas penas podem chegar a 10 anos de prisão e multa.

Em Minas Gerais, a PF cumpriu dois mandados de busca e apreensão de medicamentos irregulares ,nas cidades de Nova Serrana e Divinópolis

Na cidade de Nova Serrana está sendo investigado V.O.C, suspeito de criar e manter um site de venda de remédios de uso proibido e controlado. Ele já é indiciado por venda de CDs piratas. Na casa dele foi apreendido um HD do computador pessoal do suspeito, que será periciado para averiguar como se davam as transações referentes à venda de medicamentos.

Em Divinópolis foi cumprido um mandado de busca e apreensão na residência de D.A., investigado pelo mesmo crime. D.A. também é investigado em outro inquérito por falsidade ideológica eleitoral, uma vez que se inscreveu como eleitor usando documentos falsos, com o nome de "Daniel Magalhães Júnior". O inquérito policial eleitoral foi instaurado por requisição do Juiz eleitoral após servidores daquele cartório terem percebido que o investigado compareceu ao cartório em duas ocasiões distintas solicitando sua inscrição como eleitor. Após a constatação da irregularidade, o próprio Juiz eleitoral determinou o cancelamento da inscrição fraudulenta antes mesmo do 1º turno desta eleição.

Na residência de D.A foi apreendido material para venda ilegal de medicamentos, como carimbos de médicos, carimbos de cartório, documentos de identidades falsificadas, vários talões de cheques emitidos em nomes falsos, receituários e notificações de receitas falsificadas, além de diversos medicamentos de uso controlado adquiridos sem autorização dos órgãos competentes. Foram apreendidos ainda frascos contendo substâncias químicas não identificadas, que possivelmente eram revendidos ou utilizados na fabricação irregular de medicamentos.

Um terceiro mandato foi cumprido em Juiz de Fora, Minas Gerais, onde um homem foi preso acusado de comercializar anabolizantes. O esquema inclui substâncias caseiras e produtos abortivos vendidos sem licença.

Fonte: O Globo

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