Até lá, o quilo do bife, que já subiu 30% em dois meses nos açougues, sofrerá novos aumentos
Da reportagem
Criação de gado em Sales Oliveira, onde também predomina a cultura da cana-de-açúcar
Em alta, o preço da carne bovina só deve recuar a partir de janeiro. Apenas nos últimos nove dias, o valor da arroba (15 quilos) do boi gordo subiu 6,2%. Na tarde desta terça-feira, estava em R$ 104.
Os preços crescentes refletem uma situação em efeito cascata: a população brasileira cresceu e aumentaram o poder de renda de parte dos moradores e o consumo.
Ao mesmo tempo caía o número de matrizes disponíveis para abate.
"É preciso lembrar que exportamos mais, o que também afetou a oferta no mercado interno", diz o médico veterinário Hyberville Neto, da Scot Consultoria.
Os reajustes são uma boa notícia para a indústria e para os produtores, mas prejudicam o consumidor final, porque muitos cortes já sofreram aumento de 30%, nos últimos dois meses, e continuarão em alta.
Cortes de mais saída nos açougues, como contra filé, eram vendidos nesta terça por R$ 17,50 o quilo.
Entrega
A escalada de preços só deve ser interrompida com a entrega de animais prontos para abate.
"O que vai arrefecer as pressões é o boi que sai do pasto em janeiro, com as primeiras chuvas", diz o pecuarista Eduardo Junqueira, presidente da Associação Brasileira dos Criadores de Zebu (ABCZ).
"Mas não dá para saber se a oferta será suficiente para derrubar os valores", diz o médico veterinário.
Fonte: A Cidade
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