quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Ministério Público denuncia Cabral, Paes, Lindberg e Picciani

O deputado federal eleito Pedro Paulo também está na ação; caso sejam condenados, todos perdem os mandatos e ficam inelegíveis

Manuela Andreoni, iG Rio de Janeiro

A Procuradoria Regional Eleitoral do Rio denunciou nesta quinta-feira (28) as principais lideranças da aliança entre o PMDB e o PT no estado. A representação por abuso de poder econômico atinge o governador reeleito Sérgio Cabral (PMDB) e o senador eleito Lindberg Faria (PT). Além deles, foram denunciados os peemedebistas Jorge Picciani, presidente da Alerj e candidato derrotado ao Senado; Eduardo Paes, prefeito da capital; e Pedro Paulo, deputado federal eleito. Se condenados, os políticos podem ter seus mandatos cassados e se tornarem inelegíveis por oito anos.

Segundo o Ministério Público Eleitoral (MPE), o abuso aconteceu no dia 15 de agosto em um “café da manhã” com eleitores em um local não especificado pela Procuradoria. Os lanches distribuídos aos presentes seriam doações da empresa Comercial Milano Ltda., que fornece alimentos para a Polícia Militar do Estado do Rio.

O transporte dos presentes até o evento foi feito por 53 ônibus alugados por duas empresas que detêm, juntas, licença de 28 linhas de ônibus na capital: a Transportes São Silvestre S.A. e a Viação Verdun S.A.. Cada veículo foi contratado por R$ 300, sem nenhuma ressalva sobre a quantidade de quilômetro rodados – o que é suspeito para a Procuradoria.

A equipe de fiscalização constatou, tendo em vista também a quantidade de propaganda eleitoral dos candidatos peemedebistas no local, que o evento envolveu “vultuosa infraestrutura e aporte financeiro”. Segundo a ação proposta pela procuradora regional Mônica Campos de Ré, “é incontestável a utilização das empresas concessionárias do serviço de transportes no município pelo prefeito Eduardo Paes”. Na representação, Mônica ainda destaca que “a utilização de ampla estrutura do evento em favor dos candidatos teve inegável aptidão para influenciar o pleito”.

Fonte: Ultimo Segundo - Eleições

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