Maior hospital público de Nova
Friburgo está sem emergência
O hospital municipal Raul Sertã, em Nova Friburgo, na região serrana fluminense, que está recebendo feridos das fortes chuvas que atingem a cidade nos últimos dias, vive situação dramática. A cidade já registrou desde o início da tarde desta sexta-feira (14) um total de 234 mortos.
A emergência da unidade foi inutilizada porque a água do rio Bengalas, que transbordou, inundou todo o setor, que está fechado. A água contaminada da enchente atingiu o reservatório do hospital.
O banco de sangue foi inutilizado. O setor de nefrologia (que cuida de pacientes com problemas urinários) também foi destruído.
Por causa dos problemas, o hospital está transferindo todos os pacientes graves para unidades do Rio e da Baixada Fluminense, como o Getúlio Vargas, na Penha, na zona norte do Rio de Janeiro, o Instituto de Traumo-Ortopedia, em Laranjeiras, na zona sul da capital, e o hospital de Saracuruna, em Duque de Caxias, na baixada ou para o hospital de Campanha, que foi montado no centro da cidade. A remoção para outros municípios está sendo feita por helicópteros.
- Estamos procurando transferir os pacientes por causa do problema de falta de água e luz - afirmou um funcionário
O Raul Sertã ainda abriga mais de cem pacientes que estão aguardando transferência. Os funcionários ainda estão tentando recuperar a emergência. Enquanto isso, improvisaram uma na portaria da unidade. Sobreviventes são obrigados a ficarem nos corredores esperando por atendimento.
A situação de outros hospitais da cidade também é crítica. O São Lucas, o segundo maior do município, foi fechado. Uma outra unidade, que pertence a Unimed, está sem acesso devido a queda de barreiras.
A Prefeitura de Nova Friburgo informou que foram montados dois hospitais de campanha na cidade, um da Marinha e outro do Corpo de Bombeiros, que estão recebendo as vítimas, e providenciou também o reforço de doação de sangue no município.
Tragédia
O forte temporal que atingiu o Estado do Rio de Janeiro na terça-feira (11) deixou centenas de mortos e milhares de sobreviventes desabrigados e desalojados, principalmente na região serrana.
As cidades de Nova Friburgo, Teresópolis, Petrópolis, Sumidouro e São José do Vale do Rio Preto foram as mais afetadas. Serviços como água, luz e telefone foram interrompidos, estradas foram interditadas, pontes caíram e bairros ficaram isolados. Equipes de resgates ainda enfrentam dificuldades para chegar a alguns locais.
O governo federal, o Estado e as prefeituras se mobilizam para liberar verbas. Empresas públicas e privadas, além de ONGs (Organizações Não Governamentais), recebem doações.
Os corpos identificados e liberados pelo IML (Instituto Médico Legal) começaram a ser enterrados quinta-feira (13). Hospitais estão lotados de feridos. Médicos apelam por doação de sangue e remédios.
Os próximos dias prometem ser de muito trabalho e expectativa pelo resgate de mais sobreviventes.
Fonte: R7
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