terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

Doenças respiratórias afetam a população friburguense - Por Paula Valviesse

Reflexo da lama que cobriu as ruas de Nova Friburgo, a poeira que tomou conta da cidade agrava a situação das pessoas que sofrem de doenças respiratórias e aumenta a predisposição disso em quem não tem. Apesar dos esforços em limpar as ruas, transitar pela cidade ainda requer alguns cuidados. Para amenizar o problema, o médico pneumologista e presidente da Comissão de Saúde da Câmara Municipal, Renato Abi-Ramia, orienta o uso de máscara nos casos de bronquite, asma e outras doenças crônicas, e também a cardíacos e diabéticos. Para o restante da população não há necessidade.

Mesmo com os serviços de limpeza, falta ainda ao município uma lavagem de fato nas ruas, com água e sabão, para tirar o excesso de lama seca e sujeira acumuladas. Por conta disso tem havido uma exacerbação dos casos de asma, bronquite, sinusite, rinite, pneumonia, entre tantas outras doenças respiratórias, principalmente nos doentes crônicos. Essa poeira também altera os quadros de doenças cardiovasculares e a diabetes, como explica o pneumologista: “O doente crônico, que tem arritmia, insuficiência coronária, insuficiência cardíaca e os diabéticos são mais suscetíveis aos efeitos maléficos dessa poeira, assim como as crianças e os idosos”.

Esses efeitos estão ligados a fungos e bactérias presentes na poeira, que pelo excesso não são totalmente filtrados, podendo causar infecções e doenças alérgicas. “O nariz é um filtro maravilhoso, quase todas as impurezas são eliminadas ali, mas essa grande quantidade de poeira respirada diariamente reduz essa filtragem, diminui a defesa e predispõe as pessoas a infecções. Os fungos podem levar a ataques alérgicos. No caso das infecções bacterianas, asma crônica, bronquite, enfisema e demais doenças obstrutivas pode causar a morte.” – diz o Dr. Renato.

Em alguns casos pode ocorrer que pessoas que nunca apresentaram sintomas sofram com alterações respiratórias, caso isso acontece o Dr. Renato aconselha que busque atendimento para que, se necessário, seja aplicado o tratamento adequado. “Se estiver com tosse frequente, chiado, qualquer anormalidade respiratória, a pessoa deve procurar assistência médica” – afirma.

Isso porque as pessoas ainda têm o costume de se automedicar. Para aqueles que têm o hábito de usar vasoconstrictores, ou seja, remédios que aliviam a obstrução nasal, o médico faz um alerta: “Comprar medicamento direto na farmácia é um erro absurdo, esses remédios ‘de nariz’ podem levar a uma rinite alérgica. Eles devem ser usados por no máximo três ou quatro dias, se os sintomas não persistirem deve-se procurar um médico”.
 
Fonte: Nova Imprensa

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