terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

“Baixei a bola”

O publicitário Nizan Guanaes, 52 anos, eleito pelo Financial Times um dos cinco brasileiros mais influentes, diz o que aprendeu em sua vida empreendedora

por Marisa Adán Gil

As origens – “Nada caiu do céu, nem para mim nem para minha família. Meus pais moravam na casa de meu avô, que era humilde. Mas todos tinham educação. Eu pautei minha vida por isso: correr atrás. Foi assim que trabalhei com os principais nomes da publicidade, como Duda Mendonça, Roberto Medina e Washington Olivetto.”

O primeiro negócio – “Em 1989, procurei o banco Icatu. Era o momento de eu sair da minha zona de conforto e montar minha própria empresa. Tomei um financiamento de US$ 700 mil e eles puseram US$ 300 mil de capital semente. Só que o plano Collor levou todo o nosso dinheiro. Fizemos o que toda pequena e média tem de fazer: cortar custos, trabalhar mais.”

Revisão de valores – “Em 1997 e 1998, fomos eleitos a agência do ano em Cannes. A marca era enorme e estava na hora: vendi por US$ 11 milhões na época. Fui montar o IG. Uma boa ideia, mas não era para mim. É um erro achar que, só porque você teve algum sucesso, poderá se dar bem em qualquer coisa. Aquele foi o momento de eu baixar a bola. Eu não sou bom em tudo.”

Aprendizado – “Trabalhei com grandes empreendedores e vi como eles planejavam detalhadamente as coisas. Aprendi muito sobre gestão. Então, começou a tomar forma o sonho de fazer um conglomerado brasileiro. Hoje, somos um dos 20 maiores grupos de comunicação publicitária do mundo.”

Realidade empreendedora – “As gigantes nascem em portinhas. Eu comecei em um quarto de hotel, não em um superescritório. Ralando. Quem está pensando em montar seu próprio negócio e ter sábado e domingo, esqueça. O dono do próprio negócio não tem horário; ganha mal, porque é seu próprio patrão; e tem que trabalhar muito. Mas esta é a vida.”

Fonte: PEGN

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