sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

Em dez anos, número de cirurgias de redução de estômago cresce 500%

( São Paulo, São Paulo, Brasil - Comunique-se - ) O índice de mortalidade entre os obesos mórbidos – aqueles que têm, em média, cerca de 40 Kg acima de seu peso ideal - é cerca de dez vezes mais alto do que em pacientes não obesos. Ou seja, um fato alarmante que invoca, claramente, medida drástica para o não agravamento do problema.

De acordo com dados divulgados pela Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica, em 1999 foram realizadas 5 mil cirurgias desta natureza no país. Já em 2009 o número subiu para 30 mil. Neste mesmo período, foram aperfeiçoadas técnicas que propiciam bons resultados, com poucas complicações e efeitos indesejáveis. “Mas ela só é eficaz se for acompanhada por um tratamento multidisciplinar, composto por psicólogos, nutricionistas, endocrinologistas, fisioterapeutas e orientadores físicos, pois a cirurgia é apenas um auxílio em todo o processo”, revela o cirurgião Dr. Almino Cardoso Ramos.

Ao contrário do que muitos pensam, este tipo de intervenção cirúrgica não deve ser realizada por questões estéticas ou de melhor convívio social. “É antes de tudo a tentativa de evitar e diminuir a incidência de outras enfermidades, como problemas vasculares, varizes, dificuldade em andar e dormir, diabetes, hipertensão arterial, problemas cárdio-respiratórios, dor nas articulações, entre inúmeras outras”, afirma Ramos.

De acordo com o cirurgião, o obeso mórbido apresenta algumas doenças em percentual maior que a população normal e, portanto, deve ser conduzido com extremo cuidado durante todas as etapas do pré, intra e pós-operatório. “Como toda cirurgia, a bariátrica também apresenta riscos; porém, com o desenvolvimento de novas técnicas e treinamento contínuo de equipes, esses riscos estão diminuindo sobremaneira. De qualquer forma é necessária uma análise criteriosa antes de submeter o paciente ao ato cirúrgico”, finaliza o médico.

Fonte: Comunique-se

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Comente livremente, mas sem abusar do critério da livre escolha de palavras. Assuntos pessoais poderão ser excluídos. Mantenha-se analítico e detenha-se ao aspecto profissional do assunto em pauta.