terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Pecuaristas vão pedir falência do frigorífico Independência

Segundo fonte, empresa anunciou que irá propor pagamento de apenas 10% da dívida

Agência Estado

Venilson Ferreira

Pecuaristas de Goiás entrarão na próxima segunda, dia 14, na Justiça com o pedido de falência do frigorífico Independência, um dia antes de mais uma assembleia de credores da empresa, que será realizada na capital paulista, para analisar a revisão do plano aprovado em março do ano passado. A informação é do presidente da Comissão de Pecuária de Corte da Faeg, José Manoel Caixeta Haun.

Segundo Caixeta, em teleconferência realizada ontem com lideranças dos criadores, o frigorífico Independência anunciou que na assembleia de terça, dia 15, irá propor pagamento de apenas 10% da dívida remanescente e deságio sobre os outros 90%. Indignados com a nova proposta, alguns pecuaristas goianos decidiram que na segunda-feira irão entrar com pedido de falência na Comarca de Cajamar, em São Paulo, onde corre o pedido de recuperação judicial da empresa.

Ele afirmou que a proposta inicial do Independência, que também foi rechaçada pelos pecuaristas, era de suspensão do pagamento das dívidas por dois anos, para depois parcelar o restante em 120 meses.

Caixeta afirmou que o Independência ainda deve aos pecuaristas R$ 90 milhões, que correspondem a 27% do montante da dívida inicial. A proposta aprovada em março do ano passado previa pagamento à vista de R$ 100 mil e parcelamento do restante em 24 meses. A empresa suspendeu o pagamento das parcelas em setembro do ano passado, diz o dirigente da Faeg.

O diretor superintendente da Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat), Luciano Vacari, considerou a nova proposta do Independência “um desrespeito aos criadores” e diz que a entidade defende o cumprimento do plano aprovado no ano passado. Ele anunciou que, caso a empresa mantenha a proposta de deságio, no dia 16 a Acrimat irá entrar com o pedido de falência do Independência.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Comente livremente, mas sem abusar do critério da livre escolha de palavras. Assuntos pessoais poderão ser excluídos. Mantenha-se analítico e detenha-se ao aspecto profissional do assunto em pauta.