terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Um mês após a tragédia - Por Priscila de Lima

Um mês após ter ocorrido uma grande catástrofe natural na região serrana do Rio de Janeiro, as imagens dramáticas presenciadas pela população de Nova Friburgo em 12 de janeiro ainda são presentes na lembrança e na realidade das pessoas que se viram envolvidas na tragédia que abalou o Brasil.
As cidades de Nova Friburgo, Teresópolis, Petrópolis, Sumidouro, São José do Vale do Rio Preto, Bom Jardim e Areal foram as mais afetadas e decretaram estado de calamidade pública. Serviços como água, luz e telefone foram interrompidos, comunidades ficaram completamente isoladas devido quedas de barreiras e muitas famílias perderam suas casas.

As três esferas de governo se uniram para ajudar as vítimas e reconstruir as cidades da região serrana. Logo após a tragédia, no dia 14 de janeiro, a presidente Dilma Rousseff anunciou liberação de R$ 100 milhões para ações de socorro e assistência para os municípios atingidos pelas chuvas torrenciais. Além disso, casas populares serão construídas para acomodar as famílias desabrigadas. Em Nova Friburgo, o empreendimento contará com a parceria dos governos estadual e municipal, e prevê a construção de 3 mil moradias na Fazenda da Laje.

Nova Friburgo registra o número de 4.528 desalojados e de 3.796 desabrigados, totalizando mais de 8 mil pessoas sem moradias. Por causa do início das aulas, escolas que estavam servindo de abrigo foram desocupadas. Famílias estão sendo remanejadas para outros espaços, mas ainda sem destino certo.

Em algumas áreas da cidade, a lama e os escombros deixados pela catástrofe já foram removidos e ruas estão sendo lavadas para minimizar a poeira que toma conta do ar. Apesar das providencias iniciais estarem sendo tomadas, ainda há muito o que ser feito. Existem bairros que estão com acesso limitado, totalmente destruídos, parecendo cenário de guerra. Hoje, as vítimas fatais somam 423 e, de acordo com o Ministério Público Estadual, 248 pessoas ainda encontram-se desaparecidas.

Diversos estados e países se sensibilizaram com o sofrimento dos friburguenses e enviaram donativos para os necessitados, principalmente roupas, alimentos, remédios, água e colchões. Galpões estão abastecidos, mas a grande preocupação é se daqui alguns meses essas doações ainda serão suficientes para atender as famílias que precisam.

A equipe do Jornal Nova Imprensa tentou agendar uma entrevistar com o prefeito em exercício Dermeval Barboza Moreira Neto, através da Secretaria de Comunicação Social, para saber o posicionamento oficial do município sobre o que já está sendo feito e quais as medidas que ainda serão tomadas para reconstruir a cidade. Até o fechamento desta edição, não obtivemos retorno.

Fonte: Nova Imprensa
 
Nota do Editor: Não quero crer que tenha ocorrida situação de privilégio com relação ao agendamento da entrevista solicitada pelo jornal Nova Imprensa.

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