segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

Secretário de Turismo se reúne com prefeitos para reconstruir o setor na região serrana

Setor tem prejuízo de US$ 18 milhões por mês

O secretário de estado de Turismo, Ronald Ázaro, receberá nesta segunda-feira (7), em seu gabinete, os prefeitos de Petrópolis, Paulo Mustrangi; de Teresópolis, Jorge Mario; e de Nova Friburgo, Demerval Barboza Moreira Neto, para traçar um plano para revitalizar o turismo na região serrana, arrasada pelas fortes chuvas de janeiro, que deixaram um saldo de centenas de mortes e milhares de desabrigados.

Segundo estudos do governo, o turismo sofreu um impacto econômico de R$ 32.569.875,00/mês, equivalentes a US$ 18 milhões/mês, levando-se em conta que a diária média da região é de R$ 325,00 no período de alta estação. Petrópolis, Teresópolis e Nova Friburgo têm ao todo 271 hotéis e pousadas com 3930 apartamentos.

Ronald Ázaro esteve em Brasília com o ministro do Turismo, Pedro Novais, que se comprometeu ajudar a região serrana fluminense. O ministro já encaminhou um e-mail ao presidente da Associação da Indústria de Hotéis do Rio de Janeiro, Alfredo Lopes. Na mensagem, Novais reforça que o Ministério do Turismo está à disposição para ajudar a ABIH, ao mesmo tempo em que reconhece os esforços para recuperar as taxas de ocupação hoteleira na região, cuja economia depende grandemente do setor turístico.

Tragédia das chuvas

Um forte temporal atingiu a região serrana do Estado do Rio de Janeiro entre a noite de 11 de janeiro e a manhã do dia seguinte. Choveu em um 24 horas o esperado para o mês inteiro e o resultado foi a maior tragédia climática registrada no país, segundo especialistas de várias áreas.

Deslizamentos de terra e enchentes mataram mais de 800 pessoas e deixaram mais de 400 desaparecidas. Cerca de 30 mil sobreviventes ficaram desalojados ou desabrigados. Escolas, ginásios esportivos e igrejas viraram abrigos. Hospitais ficaram cheios de feridos na primeira semana; estando a maioria já recuperada. Cerca de 15 dias depois da catástrofe, doenças como leptospirose (provocada pelo contato com a urina de rato) começaram a assolar a população. Autoridades então passaram a monitorar casos confirmados e pacientes suspeitos, além de educar o povo em relação à prevenção.

As cidades de Nova Friburgo, Teresópolis, Petrópolis, Sumidouro, São José do Vale do Rio Preto, Bom Jardim e Areal foram as mais afetadas e decretaram estado de calamidade pública. Serviços como água, luz e telefone foram interrompidos, estradas foram interditadas, pontes caíram e bairros ficaram isolados durante alguns dias.

As três esferas de governo se uniram para ajudar as vítimas e reconstruir as cidades. No dia 14 de janeiro, a presidente Dilma Rousseff liberou R$ 100 milhões para ações de socorro e assistência. Além disso, o governo federal anunciou a antecipação do Bolsa Família para os 20 mil inscritos no programa em Nova Friburgo, Teresópolis e Petrópolis. No dia 27 do mesmo mês, a presidente esteve no Rio e anunciou a entrega de 8.000 casas para desabrigados.

A ajuda também veio através de doações. Pessoas de diversos estados e países se comoveram com a tragédia e enviaram principalmente dinheiro, roupas, alimentos, remédios, água e colchões. Em fevereiro, as maiores necessidades, de acordo com as prefeituras dos municípios afetados, são material de limpeza, material de higiene pessoal e material descartável (como copos e fraudas).

Os animais que perderam seus donos e conseguiram sobreviver não foram esquecidos pela corrente de solidariedade. Entidades de defesa dos animais e pet shops organizaram feira de adoções. Centenas de cães e gatos ganharam novos lares e há até fila de espera de pessoas interessadas em cuidar dos bichinhos.

Fonte: R7

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