CLARISSA THOMÉ - Agência Estado
Uma técnica de combate ao Aedes aegypti tem sido usada no Estado do Rio de Janeiro para tentar bloquear a transmissão do vírus da dengue em áreas muito afetadas. É o aero system, que prevê a pulverização de inseticida - o mesmo usado no fumacê - dentro de casas em que houve casos da doença e numa área de até 300 metros. Dos 92 municípios fluminenses, 70 receberam 160 equipamentos portáteis para aplicação do veneno, feita por agentes de endemias treinados.
O método é uma tentativa de causar menos danos ambientais do que o fumacê (chamado de ultra baixo volume, no jargão técnico). Se há casos de dengue em determinado bairro, a ideia é usar o aero system para evitar que o mosquito contaminado saia da região. O inseticida é pulverizado com a casa fechada, evitando que atinja pequenas aves, borboletas, abelhas, como acontece quando o fumacê circula pelas ruas. "É uma ação focal, de efeito mais restrito", explica o assessor técnico da subsecretaria de Vigilância em Saúde do Estado, Mário Sérgio Ribeiro.
Os municípios que registram a epidemia, no entanto, têm regras diferentes para aplicar o método. Em Cantagalo, na Região Serrana, terceiro maior taxa de incidência, a previsão é de pulverizar todas as residências. Já em Guapimirim, na Baixada Fluminense, quinto município em taxa de incidência, uma funcionária da secretaria de Saúde informa que cada morador interessado em receber o serviço tem de agendar a visita dos técnicos - o que contraria a tese de "bloqueio" do mosquito.
Fonte: Estadão
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