quinta-feira, 31 de março de 2011

Vigilantes retomam greve em Nova Friburgo - Por Priscila de Lima

Mesmo após terem regressado ao trabalho na segunda-feira, 28, os vigilantes bancários de Nova Friburgo resolveram retomar a greve que havia sido aderida na última semana.

Na manhã desta quarta-feira, 30, a população de Nova Friburgo foi surpreendida novamente com os bancos de portas fechadas. A categoria recebeu o reforço do Sindicato dos Vigilantes do Rio de Janeiro que organizou manifestações em frente aos bancos, exigindo melhores condições salariais.

Os vigilantes pedem um reajuste de 10% além da inflação e que o tíquete passe de R$ 8,20 para R$ 15. As empresas oferecem um aumento 1,5% além da inflação e um reajuste de R$ 0,60 no valor do tíquete, passando para R$ 8,80. Atualmente o piso salarial da categoria está estipulado em 1 salário mínimo e meio.

De acordo com os manifestantes, a reivindicação engloba toda a categoria incluindo os vigilantes que trabalham em órgãos públicos, como a Previdência Social, e em empresas privadas de toda a região. Outros municípios como Campos dos Goytacazes, São João da Barra, Cardoso Moreira, Bom Jesus do Itabapoana, Cambuci, Santo Antônio de Pádua, Itaocara, Italva, Itaperuna, Natividade, Porciúncula, Varre-Sai e Miracema já aderiram à greve desde quarta-feira passada. Cidades da baixada fluminense, sul do estado e da região metropolitana também aderiram ao movimento grevista.

Apesar do Sindicato Patronal ter assinado um acordo com os empregados dos município de Niterói, São João de Meriti, Angra dos Reis, Itaguaí, Petrópolis e Caxias, o termo de adesão não vale para todo o estado, pois estes municípios representam apenas 15% do efetivo total de vigilantes.

A greve é por tempo indeterminado e o objetivo é que os profissionais não retornem ao trabalho até que as reivindicações da categoria sejam aceitas. Está prevista uma nova reunião para esta quinta-feira, 31, às 14h, para que um acordo possa ser firmado.

Sem segurança para trabalhar, os bancários são impossibilitados de dar expediente devido o perigo iminente de assaltos, sendo amparados por uma lei federal que proíbe a abertura das agências sem a presença de vigilantes, entre outros itens de segurança. Para que as contas não fiquem em atraso, os clientes bancários devem recorrer às Casas Lotéricas. Para saques e depósitos, os caixas eletrônicos das agências operam normalmente mesmo no período da greve.

Fonte: Nova Imprensa

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