sábado, 14 de maio de 2011

“O mercado de luxo é pautado pelas pequenas empresas”, diz especialista

Carlos Ferreirinha afirma que os negócios de menor porte têm facilidades ao entrar nesse setor em ascensão

Por Rafael Farias Teixeira

Em 2010, o mercado de luxo movimentou em torno de R$ 15,1 bilhões, com um crescimento de 22% em relação ao ano de 2009. Para 2011, a previsão de crescimento é de 18%, segundo dados da MCF, consultoria especializada nesse setor. Olhando para números como esses, muitas empresas pequenas não podem deixar de se perguntar se há alguma chance de faturar com esse setor emergente. Para Carlos Ferreirinha, fundador da MCF, os pequenos negócios têm algumas vantagens em relação às grandes companhias. “A história do mercado de luxo foi pautado nas pequenas empresas”, afirma o especialista. “ Muitas das grandes corporações que marcam a trajetória de crescimento desse setor iniciaram minúsculas. A grife Chanel e a marca de chocolates Godiva, por exemplo, começaram de forma artesanal.”

Em coletiva de imprensa que anunciou o lançamento da ATUALUXO Brasil 2011, Conferência Internacional sobre a Gestão do Luxo, que acontecerá entre 24 e 26 de maio, em São Paulo, Ferreirinha salientou também a presença das pequenas empresas como parte de grande conglomerados de luxo. Um exemplo é o grupo LVMH, que inclui a Luis Vitton, mas possui marcas de champanhe, relógios e outros. “Quando uma empresa oferece algo extraordinário, a marca dela cria uma conexão emocional com seu consumidor e assim ela conquista espaço nesse mercado”, afirma Ferreirinha.

Uma pequena empresa, continua o consultor, tem uma grande vantagem sobre as grandes corporações na hora de entrar no mercado de luxo, porque pode projetar seu negócio para esse setor desde o início. “Nenhuma grande marca vai criar uma linha premium que surpreenda e cative mais do que uma empresa que nasceu com o objetivo de oferecer um produto ou serviço único”, diz o especialista. Isso não significa que o empresário gastará pouco. Grandes investimentos são necessários para um negócio desse tipo.

Empresas brasileiras ainda possuem a vantagem de poder agregar à marca uma boa história de empreendedorismo, de batalha e conquista, tornando-a mais marcante, característica que Ferreirinha não encontrou em outros países. “Para conseguir entrar nesse mercado é preciso se comprometer com o extraordinário, não fazer concessões e se dedicar a surpreender o consumidor, sempre com uma matéria-prima de qualidade e mão de obra dedicada”, diz. Por fim, o especialista destaca o setor de serviços como principal área de excelência brasileira no mercado de luxo, principalmente em hotelaria. “O mundo virá ao Brasil para aprender serviços de hotelaria”, afirma.

Fonte: PEGN

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