Por Letícia Sicsu
Emop trabalhou em ações emergenciais e de reconstrução de Angra dos Reis e Região Serrana
Duas regiões que foram devastadas pelas chuvas, em tragédias que marcaram o Rio de Janeiro, estão sendo reconstruídas e a população já não vê mais os grandes rastros da destruição. Angra dos Reis e sete municípios da Região Serrana foram imediatamente atendidos, com obras emergenciais que possibilitaram a retirada de pessoas de áreas consideradas de risco e a liberação de acessos a bairros que ficaram isolados.
Em Angra dos Reis os trabalhos já duram cerca de um ano e meio. No dia seguinte à tragédia, que deixou 53 pessoas mortas, uma equipe de geólogos e geotécnicos da Empresa de Obras Públicas do Estado do Rio de Janeiro (Emop) fez um sobrevoo na cidade e detectou a necessidade de obras emergenciais de contenção em oito encostas. Para esse trabalho, nas encostas de Bonfim, São Bento, Carioca, Bananal, Glória II - Parte 1 e Glória II – Parte 2, foram investidos R$ 60 milhões. Segundo o diretor de obras da Emop, Renan Doyle Maia Filho, a situação está controlada na cidade.
- As encostas onde trabalhamos, tinham o risco iminente de despencar. Isso não existe mais – disse Renan.
Além das obras emergenciais, também foram construídos três condomínios – em Japuíba, Areal e Glória - com um total de 1360 unidades habitacionais, com sala, dois quartos e cozinha. As famílias desalojadas em virtude dos possíveis deslizamentos receberam aluguel social até dois meses após já estarem morando nos apartamentos, para que fosse possível fazer melhorias no imóvel. Foram investidos na reconstrução social e habitacional das famílias cerca de R$80 milhões, totalizando um investimento de R$140 milhões na cidade.
O renascimento da Região Serrana
Na Região Serrana, a tragédia atingiu sete municípios. As chuvas, diretamente, afetaram as cidades de Nova Friburgo, Petrópolis e Teresópolis. Já os municípios de São José do Vale do Rio Preto, Areal, Sumidouro e Bom Jardim, foram arrasados pela cheia do rio, que transbordou e sua correnteza arrastou cidades inteiras. As equipes da Emop chegaram à Região Serrana no dia seguinte à tragédia do dia 12 de janeiro desse ano. A prioridade, nesse primeiro momento, era encontrar as pessoas desaparecidas. Dessa maneira, segundo Renan Doyle Maia Filho, os trabalhos foram guiados por cerca de um mês.
- A busca por corpos e por pessoas vivas norteou o nosso trabalho e era a prioridade. Ao mesmo tempo, fomos desobstruindo ruas, galerias, tubulações e rios para poder possibilitar a população uma volta à rotina o mais rapidamente possível – explicou o diretor de obras da Emop.
Para ajudar no momento mais crítico de reconstrução e limpeza das cidades, empresas de engenharia, de grande e pequeno porte, ofereceram-se para ajudar. Foram 34 empresas que contribuíram para que cerca de mil máquinas atuassem em toda a região. Segundo o vice-governador e secretário de Obras, Luiz Fernando Pezão, o trabalho continua no sentido de reerguer economicamente as cidades.
- Os governos estadual e federal agiram rapidamente no socorro imediato às vítimas nos sete municípios da Região Serrana afetados pela maior tragédia climática do país e uma das maiores do mundo. Superado esse primeiro momento, através da parceria com a presidenta Dilma Rousseff, estamos investindo na reconstrução das cidades, com construção de unidades habitacionais, contenção de encostas, reconstrução de pontes e na recuperação econômica da região. Hoje temos em Nova Friburgo, por exemplo, um número maior de trabalhadores com carteira assinada que anteriormente. Juntos, estamos reestruturando as cidades e buscando novas vocações para os municípios, certos de que os resultados serão cada vez mais positivos – afirmou o vice-governador.
O investimento total que está sendo feito na Região Serrana é de R$678 milhões, com recursos federais e estaduais. O pacote de obras para a recuperação da área inclui a construção de 6.840 residências e 163 estabelecimentos comerciais, a reconstrução de 69 pontes e a contenção de 37 encostas.
Das unidades habitacionais que estão sendo construídas, 5 mil 840 fazem parte do programa Minha Casa, Minha Vida, do Governo Federal. Os imóveis restantes serão doados pela iniciativa privada. Para a construção, está sendo feito um trabalho prévio de construção de toda a infraestrutura básica, como drenagem, abastecimento de água e esgoto, pavimentação e coleta de lixo, por exemplo.
Fonte: SECOM/RJ
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