quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

Chuva volta a assustar moradores de Cantagalo - ASCOM Prefeitura de Cantagalo

Embora a precipitação pluviométrica na cidade tenha sido bem menor, com 80 milímetros, segundo a Defesa Civil, na comparação com a última chuva forte que assolou Cantagalo na madrugada de 28 de dezembro, quando choveu 139 milímetros em apenas 10 horas, a chuva da noite de domingo, 1º de janeiro, causou mais estragos que a primeira. “Ainda bem que foram apenas danos materiais, sem problemas relacionados a vidas humanas”, disse o secretário municipal de Defesa Civil e Trânsito, Gustavo Bard.

A chuva, que também perdurou por toda a madrugada de segunda-feira, 2 de janeiro, encontrou um solo já encharcado, saturado pelas chuvas constantes dos últimos dias, e provocou vários pontos de deslizamentos pela cidade, como o que ocorreu no bairro Quinta dos Lontras, que voltou a ter o acesso obstruído, além de outros escorregamentos na parte interna. O Córrego São Pedro, que corta todo o Centro da cidade, voltou a subir quase três metros, mas, desta vez, não chegou a transbordar, poupando lojas e casas.

A mesma sorte não teve quem mora no trecho entre o parque aquático do Cantagalo Esporte Clube e o trevo do bairro Triângulo. O Córrego Lavrinhas também voltou a subir mais de 3,5 metros e tomou conta de parte da Avenida Djalma Beda Coube, a maior da cidade. Casas, postos de gasolina e comércio foram atingidos pelas águas. Na parte da manhã, a avenida foi interditada ao tráfego de veículos, que foram desviados para a Avenida Rodolfo Tardin. Com máquinas, caminhões e homens na pista, a Prefeitura passou toda a manhã limpando o trecho, o que incluiu o corte de árvores que caíram no acesso ao bairro São Pedro, às margens do Córrego Lavrinhas, que também tomou conta de toda extensão da Praça Miguel Santos, próximo ao Hospital de Cantagalo.

No bairro Parque das Árvores, outro muro particular desabou – no dia 28 de dezembro um já havia desabado. A força da água também rompeu a parte da cabeceira da ponte de acesso ao Condomínio Village Barão de Cantagalo, onde existem mais de 100 apartamentos. Veículos estão impedidos de entrar ou sair do condomínio. Na Avenida Rodolfo Tardin, houve deslizamento de terra próximo à chamada “Curva do Sabão”, colocando em risco uma casa, onde os moradores já foram notificados.

No bairro São José, o mais populoso da cidade, houve vários pontos de deslizamentos, mas, segundo a Defesa Civil, sem grandes problemas. Nenhuma família perdeu sua casa, embora algumas, em áreas de maior risco, estejam orientadas a deixar suas residências e se dirigirem ao ponto de apoio ou às casas de amigos ou parentes em caso de chuva mais forte. O aviso é dado por um sistema de alerta-alarme instalado no bairro através de uma sirene, que é disparada via rádio.

Ainda no São José, a força e a quantidade de água estourou a rede pluvial que passa por baixo de um escadão que liga a parte baixa, próxima à praça do bairro, à parte alta, na Rua 1º de Maio. Com isso, boa parte da escada foi arrancada, levando mais transtorno aos moradores e colocando algumas casas próximas em situação de alerta máximo. Na Rua Nair Jacinta, a popular “Linha da Tuta”, vários pontos de pequenos deslizamentos foram registrados.

Na RJ-160, que liga Cantagalo a Cordeiro, próximo ao bairro São João, houve deslizamento de terra abaixo da rodovia, no exato local onde o DER (Departamento Estadual de Estradas de Rodagem) havia dado início às obras de construção de um muro de contenção de encostas para solucionar problema causado por chuvas em janeiro de 2007. O trecho fica acima do Córrego Lavrinhas e se limita com o bairro São José. O escorregamento destruiu os andaimes, que já haviam sido montados pelos operários para início da construção. Parte da pista também sofreu rachaduras e o trânsito, que já era feito praticamente em meia pista, ficou um pouco mais arriscado devido ao solo encharcado. Os veículos estão trafegando em meia pista, o que exige atenção redobrada dos motoristas.

Fonte: Nova Imprensa

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