sexta-feira, 6 de janeiro de 2012

Pontos de desabamentos iminentes deixam friburguenses preocupados - Por Gilvan Costa

O primeiro dia útil de 2012 em Nova Friburgo foi marcado por transtornos. Afinal, até a tarde desta segunda-feira, 2 de janeiro, a chuva que caia sobre a cidade completava mais de 48 horas ininterruptas. Isso deixou a Secretaria de Defesa Civil de Nova Friburgo - já em plantão permanente desde dezembro - a decretar Estado de Alerta. No final do dia, o órgão optou em regredir o status para Estado de Atenção. “A previsão agora é de chuvas moderadas”, justificou.

Apesar do volume de chuva medido no período, o solo já absorve uma quantidade quatro vezes maior, tendo em vista que desde o final da primavera, a chuva ocorre na cidade de uma forma quase constante. Isso equivale dizer, segundo alguns analistas, que o solo já está suficientemente encharcado e propenso a deslizamentos ou desbarrancamentos nas encostas e áreas de riscos apontadas nos estudos de engenharia realizados em 2011.

A poucos dias do aniversário da “maior catástrofe climática da região serrana fluminense” - a ser lembrado na próxima quinta-feira, 12 - Nova Friburgo convive com a perda de tempo e a roubalheira. Foram poucas coisas feitas em benefício da população. Denúncias de desvio de verbas oficiais e de obras superfaturadas mancharam a imagem de cidade.

Apesar da queda de árvores e de alguns deslizamentos de encostas verificadas por Nova Friburgo, o bairro de Córrego Dantas, às margens de uma das principais rodovias para escoamento de hortigranjeiros da região, foi, novamente, um dos mais prejudicados com “a chuva da virada”. Além de Nova Friburgo, Duque de Caxias, Macaé e São João do Meriti sofrem com a intensidade climática que permanece sobre o estado.

Apesar do esforço das autoridades na instalação de sirenes em 35 pontos para alertar as comunidades em locais de risco, uma obstrução quase colocou o sistema em cheque. Ao seguir o treinamento e uma orientação expressa no bairro de Córrego Dantas, moradores depararam com o portão principal do Colégio Municipal Alberto Meyer – indicado como apoio nos casos de emergência – fechado com cadeado.

Uma informação oficial vinda da Defesa Civil dava conta de que, “por problemas de barreiras e outros obstáculos, os responsáveis pelo local demoraram a chegar”. Solucionada a situação, dezenas de pessoas puderam utilizar o espaço normalmente.

Fonte: Nova Imprensa

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