quarta-feira, 4 de abril de 2012

Rio Rural apresenta resultados positivos em Santa Maria Madalena, no Estado do Rio

Projeto possibilitou adoção de práticas sustentáveis em 48 microbacias do estado

Santa Maria Madalena, na Região Serrana, foi um dos 24 municípios fluminenses participantes do Projeto Rio Rural GEF, da Secretaria de Agricultura, concluído no ano passado. Ao todo, R$ 150 mil foram aplicados em cerca de 50 subprojetos no município, que possui a agricultura e o turismo como suas principais atividades econômicas. As técnicas produtivas sustentáveis mais incentivadas pelo Rio Rural em Santa Maria Madalena foram criação de galinha caipira, proteção de nascentes, apicultura, pastoreio rotacionado, recuperação de mata ciliar, adubação orgânica, cana forrageira, reflorestamento e isolamento de área de recarga e adensamento de cafezal.

Na localidade de Terras Frias, pertencente à microbacia Sede/Terras Frias, um dos projetos incentivados pelo Rio Rural foi a instalação de uma esterqueira na propriedade de Ronaldo Costa Santos, que vive no local há quase dois anos com esposa, filhos e noras. Atualmente, ele produz 80 litros/dia de leite, vendidos para uma cooperativa em Macuco, também na Região Serrana. Ronaldo foi um dos beneficiários do Rio Rural GEF, com o apoio financeiro de R$ 2,5 mil para a aquisição de material de construção. Em contrapartida ao recurso, o agricultor contribuiu com a mão de obra para colocar todo o sistema em funcionamento, que tem capacidade para sete mil litros de esterco.

O agricultor utiliza a técnica de produção de adubo para pastagens há cerca de um ano e meio. Em vez de lançar os dejetos dos animais diretamente no solo ou no rio que corta a região, estes são direcionados para um grande recipiente, onde se decompõem e, posteriormente, são depositados na capineira, como adubo orgânico. Em sua propriedade, a esterqueira foi instalada ao lado do curral, porém, num ponto um pouco mais baixo do terreno para que, através da força da gravidade, todos os dejetos sejam direcionados ao recipiente.

De acordo com o técnico executor do Rio Rural na microbacia e extensionista da Emater-Rio, Danilo Santarém Botelho, essa prática minimiza danos ao meio ambiente, através da destinação adequada de resíduos - principalmente do esterco do gado, da urina animal e também de restos de ração -, além de propiciar economia na aquisição de insumos.

- O esterco proporciona melhoria na qualidade do solo, que passa a produzir mais capim em menor tempo. O gado ficará mais bem alimentado e, consequentemente, produzirá mais leite - explicou.

Após a implantação do projeto, Ronaldo tem planos ousados para o futuro. Quer aumentar em cinco vezes sua produção de leite num prazo máximo de dois anos. Para isso, ele promete investir no melhoramento genético de seu rebanho.

Fonte: Secretaria Estadual de Agricultura e Pecuária / RJ

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