domingo, 27 de maio de 2012

Sérgio Côrtes participa de encontro para discutir obesidade

Rio é a segunda capital do país com mair número de pessoas acima do peso

O secretário de Estado de Saúde, Sérgio Côrtes, participou da série de debates Encontros O Globo – Saúde e Bem-Estar, na Casa do Saber, na Lagoa, Zona Sul do Rio. Com o tema obesidade em pauta, Côrtes falou ao lado dos médicos Cláudio Domenico e Amélio Godoy, da Nutricionista Virgínia Barroso e da psicóloga Mônica Duchesne.

- O Rio é a segunda capital mais gordinha do país. Os principais fatores de doenças cardiovasculares estão associados à obesidade. Isso sem falar de diabetes e problemas renais, entre outros. O problema atinge, sobretudo, as classes C e D pelo acesso fácil de alimentos de má qualidade e pela dificuldade de armazenamento de frutas, legumes e verduras. A maior intervenção que temos que fazer é na educação - ponderou o secretário.

Esta não é a primeira vez que a Secretaria de Estado de Saúde participa do evento. No dia 18 de abril, o diretor do Instituto Estadual de Cardiologia Aloysio de Castro (Iecac) esteve no debate sobre "Atividades Físicas: benefícios, dicas e riscos do sedentarismo". As palestras são gratuitas, abertas ao público e abordam temas do cotidiano da população, sempre relacionados à saúde.

Metade da população do Rio está acima do peso – No país, esta proporção avançou de 42,7%, em 2006, para 48,5%, em 2011, segundo estudo recente do Ministério da Saúde. No mesmo período, o percentual de obesos subiu de 11,4% para 15,8% em todo país. A taxa de sobrepeso na população da cidade do Rio de Janeiro é ainda maior que a média nacional, chegando a 49,6%. Na capital fluminense, 16,5% da população sofre de obesidade.

Programa Estadual de Obesidade

Atenta a esse comportamento da população e à evolução da doença, a Secretaria de Estado de Saúde implantou em dezembro de 2010 o Programa Estadual de Obesidade. Ele funciona no Hospital Estadual Carlos Chagas (HECC), sob a coordenação do médico Cid Pitombo, mestre e doutor em cirurgia e membro do Comitê de Educação Continuada da Sociedade Americana de Cirurgia Bariátrica e Metabólica e também membro titular do Colégio Brasileiro de Cirurgiões e da Sociedade Brasileira de Cirurgia Videoendoscópica.

Tropa de Elite da Saúde

Até hoje, foram atendidas 600 pessoas dentro do projeto e quase 298 tiveram suas vidas completamente alteradas por conta da cirurgia bariátrica. A meta para 2012 era chegar às 300 cirurgias, mas como essa marca deve ser batida nos próximos dias, o resultado de todo o ano será um recorde. O Rio de Janeiro é o único estado do país a possuir uma unidade de saúde com tomógrafo computadorizado para obesos. O equipamento está instalado no Hospital Estadual Carlos chagas (HECC), em Marechal Hermes, Zona Oeste do Rio.

O cirurgião Cid Pitombo é considerado um dos integrantes do grupo de médicos reconhecidos nacional e internacionalmente e que hoje fazem parte do grupo de profissionais que atua na rede pública estadual de saúde. Há exatos 20 anos, ao sair da faculdade, Pitombo foi para os Estados Unidos se especializar em cirurgia laparoscópica. Voltou ao Brasil cinco anos depois para aprender sobre cirurgias da obesidade e, ao final do mestrado e doutorado, passou por grandes centros de cirurgia bariátrica nos EUA. Logo percebeu que os conhecimentos sobre laparoscopia e obesidade eram uma área a ser explorada.

Até chegar ao Hospital Carlos Chagas, a vivência de Pitombo na rede pública foi curta. “Tinha acabado de voltar dos Estados Unidos e foi um choque encarar as deficiências que havia na época. A saúde pública há 15 anos estava completamente abandonada”, conta. Em paralelo ao Carlos Chagas, ele continua operando na rede privada, aonde uma cirurgia chega a custar R$ 100 mil.

O Governo do Estado do Rio de Janeiro tem o primeiro programa com a totalidade das cirurgias bariátricas feitas exclusivamente por vídeolaparoscopia. A utilização da técnica apresenta diversas vantagens na comparação com as técnicas convencionais: reduz o tempo de cirurgia e anestesia; menor incidência de complicações imediatas ou no pós-operatório; retorno mais rápido às atividades cotidianas e ao trabalho e resultado estético superior aos das técnicas convencionais. Além disso, a técnica - feita através de pequenos furos, nos quais são introduzidos uma microcâmera e micropinças - apresenta menos de 1% de mortalidade em grupos operados.

Fonte: Secom Governo do Rio

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