Danielle Moitas
Jogos Olímpicos do Corpo de Bombeiros classificaram oito militares para a competição
Eles correram, subiram escadas, carregaram peso, deixaram obstáculos para trás e agora vão representar o Brasil nos Jogos Mundiais de Bombeiros, em Sydney, na Austrália, de 19 a 28 de outubro. Alexandre Fernandes, Américo Machado, Leonardo Silva, Guilherme Tavares e Esequiel Lacerda, são os cinco melhores colocados na modalidade bombeiro mais resistente, realizada durante as provas profissionais no Quartel Central da corporação e farão a viagem.
Os "Jogos Olímpicos" do Corpo de Bombeiros foram encerrados nesta sexta-feira (24/08) depois de duas semanas de disputa em dez categorias. Graças ao excelente desempenho dos militares, o secretário de Defesa Civil e comandante dos Bombeiros, coronel Sérgio Simões, decidiu ampliar, de cinco para oito, o número de representantes brasileiros nos Jogos Mundiais.
O "super bombeiro" saiu do 1º GBM (Humaitá) e tem quatro anos de corporação. O cabo Alexandre Fernandes, de 30 anos, sempre quis ser um esportista e nunca descuidou dos treinamentos. Mas o sonho só se tornou realidade através da competição no Corpo de Bombeiros. Com rotinas leves diariamente, ele intensificou a preparação depois de saber que poderia chegar à Austrália como um atleta.
- Não achei que pudesse vencer. Na verdade, eu queria competir de igual para igual por causa da oportunidade de ir para os Jogos Mundiais. Pensei: essa é a minha chance. Passei por muitas lesões, decepções, e veio um filme na minha cabeça. Para mim é muito gratificante ir para lá, representar o Corpo de Bombeiros e o Brasil - afirmou Fernandes, que se prepara não só para a competição, mas também para a sua primeira viagem internacional.
Além de ser o grupamento mais bem colocado nas provas técnicas, o 6º GBM (Nova Friburgo) também deu ao Brasil um representante nos Jogos. O terceiro sargento Américo Machado, de 27 anos, mostrou que não foi por acaso que ganhou a seletiva interna do batalhão. Agora que a primeira fase do desafio foi cumprida com êxito, Américo começa a pensar na preparação para a disputa internacional e nos principais adversários.
- A gente sabe que os americanos são muito fortes, os alemães e talvez os russos. Já ouvi falar que eles têm uma capacidade física muito boa. Acho que se investirmos em um bom treinamento conseguimos chegar no mesmo nível deles. Você tem que ter resistência, força e técnica, que também ajuda bastante - enumerou.
Já o cabo Leonardo Silva, de 26 anos, do 4º GBM (Nova Iguaçu), ainda não consegue pensar na dimensão de tudo o que vai acontecer daqui para frente. Depois de passar pela Marinha como fuzileiro naval, Silva realizou o sonho de se tornar bombeiro. Sempre apostando na vida militar e nos esportes, ele comemora todas as novas experiências que as duas atividades estão proporcionando.
- É tudo muito diferente, nunca andei de avião. Agora é que está começando a cair a ficha em relação à viagem. Mas estou preparado. Minha família está muito feliz, muito animada e orgulhosa - contou.
Experiência
Aos 37 anos, o terceiro sargento Guilherme Tavares lembra que para chegar no quarto lugar da competição de bombeiro mais resistente teve que superar obstáculos que vão muito além de muros e cones. Antes do início da disputa, Tavares passou por uma série de contusões, além da tensão e da responsabilidade de representar o quartel em meio a tantos adversários mais jovens.
- Apesar de ser o mais velho, acho que tenho mais a aprender do que a ensinar para eles. Acho que essa viagem vai ser uma troca de experiências muito boa entre nós. Acredito que isso só vai nos incentivar a nos preparar para outras competições que venham. Acho que agora esse tipo de competição vai ser uma constante na corporação.
Fonte: Secom Governo Estadual
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