Rio Rural atua na capacitação de jovens empreendedores para diversificar oportunidades no campo
Muito conhecida por suas formações montanhosas e pela diversidade da flora e da fauna, a região do Parque Estadual dos Três Picos possui intensa atividade turística e agrícola. A unidade de conservação abrange cinco municípios, sendo que o conjunto de montanhas que dá nome ao lugar está localizado no limite entre Teresópolis e Nova Friburgo. O ponto mais alto é o Pico Maior, com mais de 2.300 metros, considerado o ponto culminante da Serra do Mar. Para valorizar esse cenário exuberante, surgiu o Circuito Turístico Três Picos, inserido na microbacia São Lourenço, no distrito de Campo do Coelho, em Nova Friburgo.
Entre os atrativos deste circuito rural estão o montanhismo (escaladas e caminhadas), a culinária de origem colonial suíça e portuguesa, as danças típicas (o mineiro pau, por exemplo), artesanato, festas (folia de reis e a festa junina), truticultura, produção de verduras, legumes e frutas e até mesmo a geada, bem típica no inverno.
Frequentadora assídua do lugar há mais de 20 anos, a médica aposentada Tânia Carvalho deixou a cidade e se mudou para os Três Picos há dois anos, quando inaugurou uma pousada em sociedade com um jovem agricultor. “Sempre pratiquei montanhismo por aqui. Mesmo com um potencial turístico significativo, a localidade não possuía pousadas, nem refúgios para hospedagens”, conta.
Qualificação de jovens empreendedores
Em maio, Nova Friburgo foi contemplada pelo projeto Novos Rurais, uma parceria entre o Rio Rural e o Instituto Souza Cruz, cujo objetivo é atuar na formação complementar de jovens, com foco na criação de estratégias de diversificação produtiva e comercial.
Morador dos Três Picos há 24 anos e sócio de Tânia na pousada, o jovem Pedro da Silva Paula foi um dos selecionados. Ele recebeu recurso para, até o final deste ano, montar uma unidade demonstrativa na localidade. A ideia é que o visitante conheça de perto o cotidiano do agricultor. “Serão oficinas e visitas nas propriedades onde o turista poderá colher, plantar e ordenhar. Tudo isso em parceria com os produtores rurais”, disse Pedro, que divide sua rotina com os trabalhos do Comitê Gestor da Microbacia e com as reuniões da associação de moradores, do Conselho Municipal de Turismo e do Conselho do Parque Estadual.
Para a especialista em Patrimônio Cultural e consultora do Rio Rural, Rita de Almeida, iniciativas como esta transformam tradição em desenvolvimento sustentável. “O aproveitamento das tradições de um determinado território para a execução de uma atividade econômica sustentável só provocam melhoria na qualidade de vida da população envolvida”, afirmou.
Fonte: Paulo Filgueiras
Assessor de Comunicação Programa Rio Rural - Região Serrana
Secretaria Estadual de Agricultura e Pecuária/RJ
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