Marcelle Colbert
Defesa Civil é destaque por trabalho de redução de riscos de desastres
A Defesa Civil do Estado virou referência pelo trabalho de redução de riscos de desastres nas Américas e no Caribe. O Mapa de Ameaças Naturais, desenvolvido pela Escola de Defesa Civil (Esdec), está concorrendo entre as três melhores práticas do continente na Plataforma Regional para Redução do Risco de Desastre nas Américas, evento que acontece em 27 de outubro na Argentina, e na Plataforma Global, em maio de 2013, na Suíça.
Publicado e elogiado pela Organização das Nações Unidas (ONU), o mapa aponta as 460 ameaças naturais de desastre mais prevalentes nos 92 municípios fluminenses. No estudo – que ajudará a diminuir as vulnerabilidades do estado – são destacados os cinco principais riscos de cada cidade, como deslizamento, enchente, chuva de granizo e temporais.
O estudo, elaborado no início deste ano pelo Sistema Estadual de Defesa Civil, auxiliará no desenvolvimento de políticas públicas e será importante como plano de contingência para o próximo verão, por exemplo. A ideia é compartilhar as experiências com as prefeituras fluminenses para que os Municípios possam produzir seus próprios mapas, protocolos de prevenção e sistemas de alerta.
– Reunimos as prefeituras para fazer a pesquisa que deu origem ao mapa. O nosso próximo passo será a realização de oficinas, ainda em outubro deste ano, para auxiliar as defesas civis municipais no planejamento de ações para prevenir desastres. Precisamos conhecer os riscos para que possamos tomar providências – explicou o diretor da Esdec e autor da pesquisa, tenente-coronel Paulo Renato Martins Vaz.
Exemplo para o mundo
O Mapa de Ameaças Naturais – que cumpre as diretrizes estabelecidas no Marco de Ação de Hyogo, instrumento mais importante para a implementação da redução de riscos de desastres que 168 estados membros da ONU, incluindo o Brasil, adotaram em 2005 – já está servindo de exemplo para outros estados e países. Em agosto, o estudo foi apresentado no Seminário de Urbanismo Internacional, na Colômbia.
– Temos o reconhecimento da comunidade científica internacional. Nossa meta é estimular a criação de planos de contingência não apenas no Estado do Rio, adequando as medidas às ações necessárias. Precisamos trabalhar com a preparação para evitar tragédias. Estamos deixando um legado para a população – disse o tenente-coronel.
Os principais riscos registrados pela Defesa Civil
Segundo o mapa, os riscos mais registrados no estado são: deslizamentos (18%), enchentes (15,4%), alagamentos (14,6%), enxurradas (13%), incêndios florestais (10,2%), tempestades (8,7%), estiagens (6,5%), queda de rochas (4,8%), granizos (3%), movimentações de terra (1,1%), erosões fluviais(1,1%), inundações litorâneas (0,9%), tornados (0,7%), erosões marinhas (0,4%), marés vermelhas (0,4%), erosões lineares (0,4%), secas (0,2%), ciclones extratropicais (0,2%) e pragas vegetais (0,2%).
Fonte: Secom Governo Estadual
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