RJ TV e arquivo O Globo
RIO - A procuradora de Justiça aposentada Vera Lúcia Sant'Anna Gomes, de 66 anos, se entregou, no início da tarde desta quinta-feira, na 32ª Vara Criminal, no Fórum do Rio. Ela é acusada de torturar uma menina de dois anos, que estava sob sua guarda provisória à espera de adoção . Ela chegou de carro, com turbante e óculos escuros e está depondo ao juiz.
Nesta quarta-feira, o advogado Jair Leite Pereira, que a defende, adiantara que sua cliente iria se apresentar nesta quinta-feira ou sexta-feira. Na terça-feira, o Disque-Denúncia divulgou um cartaz com a foto da procuradora , pedindo informações sobre seu paradeiro. Até as 17h desta quarta-feira, foram recebidas 35 informações sobre o paradeiro dela. As denúncias estão sendo repassadas para a polícia.
O mandado de prisão preventiva foi expedido na tarde do dia 5 de maio pelo juiz em exercício da 32ª Vara Criminal da Capital, Guilherme Schilling, atendendo a um pedido do Ministério Público estadual. Na segunda-feira, a desembargadora Gizelda Leitão Teixeira, da 4ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Rio, negou o pedido de liminar para garantir liberdade provisória da procuradora.
De acordo com a desembargadora, o fato de a procuradora ter desaparecido, sem qualquer informação ao juízo, demonstrou que ela está disposta a desafiar uma ordem judicial. Para a magistrada, "se motivos não houvesse para decretação da custódia preventiva, agora há, pois demonstrou verdadeiro desprezo pela Lei e pelas decisões judiciais o que, na condição de procuradora de Justiça aposentada, tendo integrado por anos a Nobre e séria instituição do Ministério Público, mostra-se intolerável, sendo, data venia, a paciente imerecedora de qualquer mercê", escreveu a desembargadora.
Procuradora teria batido a cabeça da criança em mesa de mármore
Doze pessoas foram ouvidas no inquérito. Algumas, ex-empregadas domésticas que relatam as agressões sofridas pela menina, entre elas, o dia em que Vera Lúcia Gomes a agrediu e depois bateu a cabeça da criança com força numa mesa de mármore. Fotos anexadas à denúncia do Ministério Público mostram a criança com olhos roxos e inchados. O Conselho Tutelar recebeu inicialmente a denúncia por meio de um telefonema anônimo. Uma gravação, que teria sido feita dentro do apartamento, mostra um dos momentos de agressão. A voz seria da procuradora, e o choro, da menina.
Na denúncia encaminhada pelo MP à Justiça, os promotores citam ainda o depoimento de uma testemunha considerado um relato assustador. A mulher vincula a violência contra a criança a práticas de uma seita satânica. Ela diz ainda acreditar que a menina seria oferecida como um sacrifício a esta seita.
Fonte: O Globo
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