Maiara Tortorette
Nos dias de hoje, saber trabalhar em equipe é característica essencial para se conseguir uma oportunidade no mercado de trabalho. O projeto ou trabalho, que antigamente era realizado de forma individual, hoje em dia depende de um grupo de pessoas, e compete a elas pensar, criar, discutir e executar conjuntamente. Na maioria dos processos seletivos, essa habilidade se tornou um diferencial; aquele que não atende a esse perfil, dificilmente conquista a colocação almejada, uma vez que a comunicação é ferramenta chave em qualquer relação, inclusive nas profissionais.
Gestores precisam e querem colaboradores que se comuniquem, que construam ideias novas e que pensem juntos para o desenvolvimento da empresa. Se até pouco tempo atrás apenas os profissionais de nível hierárquico mais elevado podiam (e deviam) contribuir com a empresa nesse sentido, hoje o comprometimento coletivo é imprescindível, independente de cargos e funções, atribuindo assim a devida importância à convivência em grupo.
Além das vantagens que a junção de pensamentos e ideias pode trazer à empresa, Antonio Carlos Moraes Rego, sócio e diretor da Comasa, construtora do Rio de Janeiro, acredita que investir na participação dos profissionais os aproxima da organização, tornando seu trabalho mais valorizado e transparente. “Com essa introdução participativa, a empresa forma a equipe, cria e estimula o espírito coletivo em torno de objetivos comuns, facilita o resultado de ideias novas, além de fazer cada profissional se sentir parte integrante e importante do processo, que é uma forma de criar esse espírito coletivo”, explica. “Partindo do ponto de vista prático, democratizar todo processo também é positivo a medida que em uma empresa não deve haver segredos, e as coisas devem ser discutidas pelas pessoas envolvidas em assuntos de suas respectivas áreas”.
Trabalhar em equipe é muito mais do que realizar tarefas em conjunto ou compartilhar tarefas, esse trabalho consiste em comprometimento e participação no resultado do outro. É comum nas empresas que um profissional inicie determinadas atividades e dependa de outro para finalizá-las, por isso é sempre importante avaliar o que precisa ser feito e criar prioridades com base nas suas necessidades, mas também avaliando as urgências das outras pessoas.
Dar o melhor de si é um dos comportamentos mais valorizados pelas organizações. Aquele profissional que faz apenas seu trabalho e não se importa com o todo dificilmente conseguirá uma promoção ou será bem visto pelo gestor. “Se o trabalho de um não está bom, provavelmente o outro também não conseguirá desenvolver um bom trabalho”, define o Dr. Alexandre Moraes e Souza, dono do escritório de advocacia Moraes & Souza. “Nós dividimos muitas tarefas aqui dentro e compartilhamos opiniões buscando excelência no nosso serviço. Então, se uma peça dessa engrenagem não vai bem, todo motor que deve funcionar corretamente vai mal, e nós precisamos de ajustes. Por isso, é preciso que todos estejam empenhados e sejam dedicados com aquilo que se propõe a fazer. E isso é questão de profissionalismo”.
Para Alexandre, o trabalho de todos é igualmente importante, desde o estagiário até o diretor. “Eu vejo o meu escritório como um todo, então eu tenho aqui a parte administrativa de recepção, secretariado, a parte jurídica, e tudo tem que funcionar exatamente como manda o figurino, como o relógio; tem que ter precisão”, explica. “Se a recepcionista, por exemplo, atende mal ou esquece de passar o recado, eu deixo de ter aquele atendimento de qualidade com o meu cliente. Assim, como se eu chego em uma empresa e deixo de levar um documento importante, o resultado também será falho. Tudo está atrelado, por isso a equipe deve ser unida e bem treinada, para que a gente possa ter um diferencial e competir com diversos concorrentes no mercado”.
Processo Seletivo
Tais características já são avaliadas nos processos seletivos, por isso os profissionais devem demonstrar essa habilidade de convivência e bom relacionamento. Um profissional que não consegue se relacionar, compartilhar pensamentos, com certeza terá sérios problemas dentro de uma empresa que preze pelo desenvolvimento em equipe. Para evitar esse tipo de problema, muitos selecionadores já realizam atividades e questionamentos que auxiliam a identificar esse perfil de funcionário.
“Se a gente for analisar por um fator popular, essa habilidade é requisitada por uma questão mesmo de conviver em sociedade. Acho que essa é a principal questão de ter um profissional que tenha essa qualidade de comunicação e criação”, define Felipe Giavina-Bianchi, diretor de atendimento da Trendix. Para ele, além de tudo, o profissional não deve ser o dono da razão nem pretensioso; saber escutar e respeitar a opinião dos outros também é uma cobrança da maioria das empresas. “Acima de tudo, você deve entender que a opinião do próximo sempre pode agregar ao seu negócio. Um bom profissional hoje é aquele que sabe ouvir e usar a informação na hora certa”, finaliza.
Fonte: Jornal Carreira e Sucesso
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Comente livremente, mas sem abusar do critério da livre escolha de palavras. Assuntos pessoais poderão ser excluídos. Mantenha-se analítico e detenha-se ao aspecto profissional do assunto em pauta.