terça-feira, 6 de julho de 2010

Ex-piloto de avião abandona os voos para pilotar o próprio negócio

Nelson Lamartine até tentou manter as duas carreiras, mas ficar longe da empresa durante as viagens pesou para que ele optasse pela vida empreendedora

Marcus Vinicius Pilleggi

Nelson Lamartine, 57 anos, pesquisou o mercado por um ano antes de abrir sua primeira empresaO carioca Nelson Lamartine, 57 anos, conheceu o mundo - literalmente - antes de ingressar no universo do empreendedorismo. Por mais de 30 anos ele dedicou sua vida à aviação. Em 1979 começou a trabalhar na Varig e pilotou os aviões da empresa até aparecerem os problemas financeiros da companhia. Em seguida, virou piloto particular, mas nessa época, em paralelo a vida pelos ares, Lamartine já conduzia seus negócios. “Meus filhos eram pequenos e frequentávamos muitas festinhas de aniversário. Foi aí que tive a ideia de montar um bufê infantil com minha esposa”, lembra. Nascia o embrião da casa de festas Folia Encantada.

Durante um ano o casal fez planos e pesquisou a melhor maneira de começar o empreendimento. Há 15 anos, em um terreno de 1.200 metros quadrados na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro, ergueram a casa especializada em festas infantis. “Fomos a feiras do setor de festas e diversão na Flórida (EUA) e visitamos casas do mesmo ramo em São Paulo para ver como funcionava”, afirma Cristina, mulher de Lamartine e sócia no empreendimento. “Tudo para saber como era desde o primeiro parafuso a ser usado até a vassoura para encerrar a limpeza”.

O casal afirma que, na época, o Rio de Janeiro carecia de bufês infantis. “No Rio, só havia uma casa especializada em festas infantis”, afirma Lamartine. Dois anos depois de abrir a primeira unidade da Folia Encantada, a quantidade de reservas viabilizou a abertura de um segundo bufê. E três anos mais tarde o casal abriu uma terceira unidade, todas no mesmo terreno, somando um investimento de aproximadamente R$ 250 mil.

Atentos ao mercado, Cristina e Lamartine percebera que alguns empresários começavam a alugar espaços para fazer outros tipos de festas - de debutante e bar mitzvahs, por exemplo. A demanda convenceu Lamartine. “Em 2005 tomei coragem e comprei um terreno de 10 mil metros quadrados no Itanhangá [bairro do Rio de Janeiro]”, diz. Com um investimento de R$ 3 milhões, o empresário fundou o Espaço Lamartine, dedicado a eventos que comportam de 200 a 700 pessoas, sejam casamentos, festas de debutantes ou eventos corporativos. Agora, enquanto Cristina e os filhos administram os bufês infantis, o Espaço Lamartine fica por conta do ex-piloto, que deixou de vez a profissão dois anos depois de começar a trabalhar como piloto particular. “As viagens, fossem turísticas ou de negócios, muitas vezes demoravam e eu acabava ficando tempo demais longe da família e da empresa”, afirma o empresário.

Hoje, o faturamento do Espaço Lamartine cresce entre 30% e 40% ao ano, enquanto que os ganhos com os bufês infantis aumentam cerca de 7% ao mês.

Fonte: Pequenas Empresas Grandes Negócios

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