RIO - Na lista de compras dos brasileiros, as carnes estão entre os alimentos que mais encareceram em julho. Com alta de 0,33% no mês passado, o alimento já acumula no ano variação de 3,17%. O movimento de subida de preços das carnes bovinas reflete o período de entressafra - cujos efeitos podem se estender nos supermercados e açougues, ao menos, até o fim do mês. Mas há a opção de pescados e frangos que estão, respectivamente, 0,65% e 1,27% mais em conta.
- Com menos bovinos nos frigoríficos, a cotação sobe no atacado e, em seguida, no varejo. Com isso, o consumidor acaba migrando para artigos como o frango. É uma questão de preço mesmo - disse José de Sousa, presidente da Bolsa de Gêneros Alimentícios do Rio, frisando que os preços dos cortes dianteiros subiram, no atacado, de R$ 4,10 para R$ 4,40 e os dos cortes traseiros, de R$ 5,80 para R$ 6,50 nos últimos 30 dias.
Sardinha pode substituir a carne, em tempos de alta nos preços
Para fugir das altas dos preços, especialistas sugerem aos consumidores que a compra da carne seja feitos nos dias de promoção - em geral, às quartas e quintas-feiras. Fora das datas, também é possível encontrar peças em oferta. No Mundial, por exemplo, o quilo do filé mignon custa, até hoje, R$ 17,60. No Princesa, também até hoje, o quilo da fraldinha sai por R$ 10,99.
Em tempos de preços salgados, o consumidor pode mexer no cardápio sem alterar a qualidade dos pratos de sua família. Segundo a nutricionista Carolina Medeiros, da RDI Fitness, o frango, o peixe, o leite e os ovos podem substituir a carne vermelha.
- Um bife médio (tamanho da palma da mão) pode ser substituído por um filé de frango ou de peixe, dois ovos ou duas fatias de queijo branco. Uma boa opção podem ser os peixes mais baratos, como a sardinha, pescada, merluza, tilápia ou a cavalinha - citou a especialista.
Assim como os consumidores, os restaurantes também precisam se adaptar aos efeitos da sazonalidade nos preços. No grupo Best Fork, responsável pelos restaurantes Laguiole, Giuseppe, Giuseppe Grill e Clube Gourmet, a carne é insubstituível. Para Marcelo Torres, um dos sócios do grupo, "muitas vezes é melhor retirar o produto do cardápio".
- O que acontece, via de regra, é que vemos as margens dos preços apertadas nessa época do ano e procuramos trabalhar com sugestões baseadas em outros itens, como peixes e aves - disse a sócia Cristiana Beltrão, do Bazzar.
Fonte: O Globo
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