RIO - O Ministério Público Federal (MPF) denunciou à Justiça 25 integrantes da quadrilha de tráfico internacional de drogas e armas desarticulada pela Polícia Federal na Operação Patente, em junho . Entre os acusados estão seis detentos do Complexo Penitenciário de Gericinó, como os líderes do grupo, Lenildo da Silva Rocha, Charles Batista da Silva e Jorge Leonardo de Azevedo Ananias, que comandavam o esquema de dentro do presídio.
Os réus responderão por tráfico internacional de drogas (como cocaína, crack, maconha e haxixe) e armas (como fuzis, pistolas, metralhadoras e granadas) que vinham do Paraguai pelo Paraná e Mato Grosso do Sul e dirigiam-se a comunidades em Petrópolis e Duque de Caxias. As investigações sobre a quadrilha incluíram interceptações telefônicas, quebras de sigilos financeiro e fiscal e várias apreensões de drogas e armas desde dezembro do ano passado.
Segundo a Polícia Federal, os presos comandavam as atividades de dentro das celas, determinando todos os passos de seus comparsas em liberdade e até negociavam propinas oferecidas a policiais paraguaios. O grupo era responsável pelo envio de uma média mensal de 15 fuzis automáticos para o Rio, que depois eram distribuídos para São Paulo, Caxias e Petrópolis.
As armas eram compradas no Paraguai, na cidade de Capitán Bado, e atravessavam a fronteira até a cidade de Coronel Sapucaia, em Mato Grosso do Sul. De lá, escondidas em fundos falsos de caminhões e carros, seguiam para os morros do Rio e favelas de São Paulo.
Segundo o delegado Enrico Zambrotti, da Delegacia de Repressão ao Tráfico de Armas (Delearm), responsável pelo combate ao tráfico internacional de armas, a Operação Patente comprovou a estreita ligação entre as principais facções criminosas do Rio e de São Paulo .
- Eles estão trabalhando juntos para atuar no tráfico de armas e de drogas.
O delegado disse ainda que traficantes do Rio estão migrando para a Baixada Fluminense e até para a Região Serrana, principalmente para a cidade de Petrópolis.
- Durante nossas investigações, acabamos evitando que traficantes do Rio invadissem a Favela da Taquara, em Petrópolis - explicou Zambrotti.
A operação foi batizada de Patente por causa das frequentes viagens dos investigados para as regiões de Coronel Sapucaia, no Mato Grosso do Sul, e Capitán Bado, no Paraguai.
Fonte: O Globo
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