sexta-feira, 6 de agosto de 2010

Unidade da Brasil Foods tem venda de carne de frango suspensa

Produto saía de planta em SC com mais água que o permitido, mas empresa contesta a análise; Copacol e Rigor também são notificadas

iG São Paulo

Toda a produção do frigorífico de frango da BRF Brasil Foods, empresa resultante da fusão da Sadia pela Perdigão, no município de Capinzal (SC), passará a ser vistoriada por fiscais do Ministério da Agricultura até que a empresa comprove que ajustou a unidade às normas sanitárias exigidas. O frigorífico foi notificado pelos inspetores do ministério, que encontraram mercadorias (carnes de aves “in natura” congeladas ou resfriadas) com um teor de água acima do permitido por lei.

A BR Foods possui seis unidades industriais em Santa Catarina, mas a decisão vale apenas para a unidade de Capinzal. Os técnicos do Minstério da Agricultura também constataram irregularidades na produção da Rigor Alimentos, de São Paulo, e da Cooperativa Agroindustrial Consolata (Copacol), do Paraná.

O teor máximo de água autorizado por lei para a carne de frango é de 6% do volume total da embalagem, segundo Portaria Nº 210 de 1998 do ministério. A presença de água acima do permitido não representa uma ameaça à saúde, segundo o ministério. Mas o governo considera que essa prática lesa o consumidor, que paga a mais pelo quilo do frango vendido.

A BRF Brasil Foods informou nesta quarta-feira que está contestando o resultado da análise feita pelo Ministério da Agricultura. "A BRF entende que as imposições não possuem lastro legal e questiona os critérios técnico-científicos da metodologia adotada para essas avaliações", disse a companhia em comunicado à imprensa.

Segundo nota técnica disponível no site do Ministério, a BRF e as demais empresas foram proibidas de comercializar o produto no dia 2 de agosto. A medida foi aplicada à Rigor Alimentos no dia 14 de julho e à Copacol no dia 21 de julho. As três empresas foram submetidas ao Regime Especial de Fiscalização, que determina análise de todo o estoque antes da liberação para o comércio. Este ano, oito empresas já foram incluídas nesse regime.

O ministério explicou que fiscais recolheram as amostras no comércio varejista de todo o País para avaliação da quantidade de água resultante do descongelamento.

Fonte: Portal Ig

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