CIEE realiza festa de encerramento do projeto “Aprendiz Legal” dando espaço à solidariedade - Por Matheus Oliveira

Na sexta-feira, 9 de dezembro, o CIEE (Centro de Integração Empresa Escola) promoveu um evento de encerramento do curso “Aprendiz Legal”, no auditório da Universidade Estácio de Sá. Além de celebrar os destaques do curso em 2011 e inclusão de mais jovens no mercado de trabalho, o evento celebrou também o olhar dos jovens com as causas sociais, já que durante todo o ano realizaram uma campanha para angariar fundos para a o jovem Thierry, de 17 anos, que sofreu um grave acidente e ficou tetraplégico.

Com a presença dos aprendizes e das empresas que aderem ao programa como Legítima e Atenas da Serra, a cerimônia foi iniciada com uma retrospectiva do ano de 2011, relembrando os principais momentos vivenciados neste ano. O gerente de atendimento local, Alexandre Botafogo, destacou a importância deste trabalho para a capacitação de bons profissionais.

Em seguida foi realizada a premiação para os alunos que foram destaques nas categorias simpatia, pontualidade, assiduidade, criatividade, companheirismo, carisma, dedicação, bom humor, empreendedor, assertividade e os alunos com as melhores notas, visando incentivar os alunos a manterem a sua boa postura e melhorar o aprendizado, tornando-os melhores profissionais.

O “Aprendiz Legal” é um projeto que faz parte de uma lei federal que obriga as empresas a contratarem jovens entre 14 e 24 anos, preparando-os para o mercado de trabalho. Este projeto é realizado pelo CIEE em parceria com a Fundação Roberto Marinho, onde o jovem, além de trabalhar naquela empresa, realiza um curso em um período de dois anos, que é o tempo de contrato deste programa.

Aluna do curso Aprendiz Legal, Naiane Chermout, falou sobre a importância deste aprendizado para o seu futuro: “Esta é uma oportunidade maravilhosa, pois além da gente ter um emprego que abre as portas para o mercado de trabalho, o curso nos dá toda a capacitação necessária para enfrentarmos praticamente todas as situações do cotidiano, o que nos faz entrar bem fortes na luta por um emprego na profissão que escolhemos, já que os alunos têm aula em cursos específicos, de acordo com as necessidades da empresa em que trabalham. Eu trabalho na Unimed e faço curso de ocupações administrativas para atender da melhor maneira possível os nossos clientes. E temos noção de valores que levaremos para toda a vida”.

O gerente de atendimento local, Alexandre Botafogo comentou sobre os resultados deste projeto: “Realizamos os cursos integrados ao programa ‘Aprendiz Legal’, feito em parceria com a fundação Roberto Marinho, e que tem uma quantidade expressiva de aprendizes, onde vamos capacitando esses jovens para o mercado de trabalho com ajuda das empresas que aderiram o programa. Temos tido um retorno bastante positivo, pois apesar de não haver a obrigação da contratação, cerca de 40% dos alunos estão sendo efetivados, o que é um número bastante expressivo. Mas temos como meta aumentar ainda mais este percentual e colocar mais jovens no mercado de trabalho”.

Homenagem ao jovem Thierry

Na ocasião, foi feita uma homenagem a Thierry Gomes da Silva, que através de sua mãe recebeu um prêmio e todos os donativos que a equipe do CIEE conseguiu. Thierry é um jovem de 17 que em janeiro deste ano sofreu um grave acidente ao pular de uma pedra na praia da Tartaruga em Rio das Ostras, fraturando três vértebras e ficando tetraplégico. Após meses de internação, seu quadro se complicou e ele teve infecções nos pulmões, intestinos e coração.

Como a família tem poucos recursos financeiros para pagar as despesas do tratamento e para se deslocar até o Rio de Janeiro, onde o jovem segue seu tratamento de recuperação. Mas para retirar o rapaz de casa, tem sido um grande desafio. Para isso, os familiares receberam a ajuda da Casa dos Pobres São Vicente de Paulo, que doou uma cama hospitalar, e do Hospital de Bonsucesso, que doou uma cadeira de rodas reclinável, o que torna possível a retirada do rapaz de casa.

Devido a essas dificuldades, o CIEE iniciou uma campanha com os alunos do projeto, para que fossem até as empresas da cidade para recolher donativos e ajudar no tratamento de Thierry. Ao final do ano, eles entregaram a família do rapaz 121 pacotes de fralda, 145 pacotes de ataduras, 568 embalagens de gaze, 135 pares de luvas, sabonetes, esparadrapos, remédios, lenços umedecidos e algodão.

Sobre o SOS Thierry, Alexandre Botafogo destacou o empenho de todos que participaram da campanha: “Temos um planejamento de realizar um trabalho social junto às comunidades carentes, e dentro do curso levantamos a hipótese de ajudarmos a conseguir donativos para auxiliar no tratamento do Thierry. E nesta campanha todos participaram indo às farmácias e empresas, que nos ajudaram neste projeto que recolheu grande quantidade de doações. O lema da campanha diz tudo, não podemos mudar totalmente o mundo, mas podemos fazer a nossa parte e esta garotada está mostrando que, além de trabalho, elas têm consciência social e que podemos sim ajudar ao próximo”.

Fonte: Nova Imprensa