Encontro de Folias de Reis reúne mais de 20 agremiações - ASCOM Prefeitura de Cantagalo

Mais de 20 folias de Cantagalo e de várias cidades vizinhas participaram, no domingo, 11 de dezembro, do XVI Encontro de Folias de Reis de Cantagalo, evento organizado pela Secretaria Municipal de Cultura e pela Associação de Folias de Reis de Cantagalo (AFRC), com apoio da Secretaria Municipal de Educação. Este ano, o evento também serviu de abertura do I Circuito Serrano de Folias de Reis, que reúne folias de 11 municípios das regiões Serrana e Centro-Norte Fluminense e é idealizado pelo Conselho Regional de Grupos de Folias de Reis, com consultoria da Lausanne e apoio do Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas).

Foram 24 agremiações folclóricas inscritas, embora duas não tenham se apresentado. Participaram folias de reis de Cantagalo, Cordeiro, Nova Friburgo, Bom Jardim, Casimiro de Abreu, Santa Maria Madalena, Macuco, Duas Barras, Trajano de Moraes e São Sebastião do Alto. “É um evento esperado o ano inteiro e que tem se tornado tradição no município. Todas as folias gostam de participar do encontro de Cantagalo, o que faz aumentar, a cada ano, o número de participantes, assim como o de público”, disse o presidente da AFRC, Odir Nacif. Fé, devoção, folclore e cultura são preservados por essas agremiações ao longo dos anos, passando de geração a geração.

Comemorando uma tradição que já dura 16 anos, o encontro foi realizado na Praça João XXIII, no Centro da cidade, onde foram montados dois presépios: o tradicional, no coreto da praça, e outro especialmente para atender às folias de reis, no senado, parte mais alta do jardim. As folias entravam, cumprimentavam o público e utilizavam o mesmo sinal de reverência – agachados – em respeito ao presépio.

Na abertura, foi realizada a bênção das folias, dos foliões e do público presente, com a participação do padre Marcelo Campos da Silva, da Paróquia do Santíssimo Sacramento de Cantagalo. O padre aproveitou, em seu pequeno sermão, para destacar a importância das folias de reis como uma das formas de preservação da cultura popular. “Esse tipo de movimento é imprescindível, pois fortalece a cultura e a memória do povo. Um povo sem cultura não tem história, não tem memória. Por isso, todas as folias e os organizadores estão de parabéns por lutarem pela preservação de cultura e da memória cantagalense, regional e brasileira”, disse.

Durante o encontro, cada folia teve cerca de 15 minutos para a apresentação de cantos, que eram entoados como sinal de fé e devoção, capitaneados pelos mestres e contramestres e reforçados pelo batuque forte que imprime a marca das folias de reis. Aliás, muitos dos foliões cumprem promessas assumidas, fruto da fé desses homens. Outros cinco minutos eram reservados a cada palhaço, até um máximo de dois. Acima disso, 10 minutos para todos os palhaços. E houve folia com até quatro palhaços, que são homens por trás de máscaras e que contam histórias em versos vestindo fantasias coloridas e que fazem deles uma atração à parte nas folias de reis.

De acordo com a Secretaria Municipal de Cultura, o principal objetivo é fortalecer o folclore regional e dar oportunidade de integração entre a população e as manifestações mais populares do País e da região. Como todos os anos, o evento reuniu a população num domingo animado, diferente e divertido e atraiu visitantes de vários municípios da região. “E olha que tinha gente de vários municípios durante todo o dia prestigiando o evento, que tem público rotativo. A todo momento, o público muda, num rodízio, desde a abertura do encontro até o encerramento”, declarou o secretário de Cultura, Rafael Carvalhaes.

Este ano, cada agremiação devidamente inscrita levou R$ 250, o maior prêmio oferecido a folias em toda a região. “Ano passado, a Prefeitura havia prometido aumentar esse valor para o encontro deste ano. Só que, em reunião, os representantes das folias e da AFRC preferiram aumentar o número de folias participantes e manter o valor em R$ 250”, explicou Rafael Carvalhaes, acrescentando que a secretária de Educação, Lucinha Farah Noronha, que também participou do evento, colocou a infraestrutura da secretaria à disposição, como veículos e pessoal, por exemplo.

Além da subvenção, as folias também receberam troféu e certificado de participação. Os palhaços levaram medalhas. “As manifestações folclóricas populares têm de ser preservadas. Este é o nosso propósito. As folias cumprem, com fé e devoção, um belo ritual todos os anos”, declarou a secretária de Educação, Lucinha Farah Noronha.

As brincadeiras dos palhaços foram outra grande fonte de diversão durante o encontro. Para o presidente da AFRC, Odir Nacif, as agremiações folclóricas conseguiram mostrar um pouco da devoção aos Santos Reis, além de contarem e cantarem suas histórias de devoção. A peregrinação das folias começa no dia 24 de dezembro, quando saem cantando e visitando vários locais na região, e termina em 6 de janeiro, dia dedicado aos três reis magos: Gaspar, Baltazar e Melchior.

Fonte: Nova Imprensa